terça-feira, 26 de agosto de 2014

Conferência de Imprensa, 25 de Agosto de 2014

Elvas assistiu na passada sexta-feira àquilo que considero ser a mais ridícula conferência de imprensa de cariz político de que me lembro em 20 anos!

Ficámos pelo menos a saber uma coisa, Rondão Almeida tem o sentido desse mesmo ridículo, não se dignando sequer a participar na mesma.

Vejamos então o que foi dito;

Pelos vistos o PS de Elvas congratula-se pela mudança de posição de dois vereadores, que passaram como é sabido, para o lado de Nuno Mocinha! Ou seja o PS de Elvas congratula-se pelo facto de o Presidente da Câmara a quem o próprio PS de Elvas retirou a confiança política, ganhar a confiança de dois vereadores indicados pelo Partido Socialista. Se a trapalhada de argumentos pagasse impostos teríamos o défice público totalmente pago.

Depois, e ainda segundo o PS de Elvas, a crise nada teve a ver com política mas antes com questões relacionadas com o funcionamento interno da Câmara. O PS de Elvas volto a lembrar, retirou a confiança política a um Presidente de Câmara Socialista, pelos vistos por uma questão que nada teve a ver com política. Se a trapalhada de argumentos pagasse impostos teríamos o défice público totalmente pago.

Ainda na mesma linha diz o PS de Elvas aos elvenses que os vereadores que mudaram de posição foram vítimas de pressões ilegítimas. Curioso que os próprios nunca disso que se queixaram, aparecem figuras de segunda linha do PS de Elvas a acusar colegas do PS de terem sofrido pressões ilegítimas sem que os próprios o confirmem. Um tipo de pressão ilegítima é a coação e neste caso a única pessoa que falou em coação na primeira pessoa foi a senhora vereadora Vitória Branco, afirmando ter sido coagida a assinar um  documento de demissão! Se a trapalhada de argumentos pagasse impostos teríamos o défice público totalmente pago.

Mas vamos fazer aqui uma pequena cronologia dos acontecimentos. Vamos ver como Rondão Almeida e Elsa Grilo foram, com o tempo, afunilando nas suas opções políticas acabando agora por ficar isolados no seio do executivo.

1-      O PS anuncia publicamente que todos os elementos da lista do PS com excepção do Presidente se demitiriam em bloco provocando eleições intercalares. Ao mesmo tempo fazem “sessões de esclarecimento” e recolhem assinaturas para a candidatura de Elsa Grilo. Descobrem depois quem nem toda a lista estava disposta a abdicar e esta hipótese cai por terra. Rondão e Elsa esquecem e tentam fazer esquecer os elvenses que esta ideia luminosa foi publicamente anunciada.

2-      Depois de verem inviabilizada a primeira opção anunciam que os restantes vereadores entregariam os pelouros. Ninguém o faz, sendo que Vitória Branco mantém até todos os pelouros e tempo que tinha.

3-      Depois de verem cair a segunda hipótese, Rondão Almeida anuncia que as reuniões de Câmara passariam a semanais, ignorando ou parecendo ignorar que a periodicidade das reuniões é votada na primeira reunião de Câmara para todo o mandato! As reuniões mantêm-se quinzenais como sempre.

4-      De seguida a ameaça de Rondão e Elsa sobre de tom. Iriam então retirar os poderes da Câmara ao senhor Presidente de Câmara, colocaram até o ponto na ordem de trabalhos de uma reunião do executivo, entretanto no dia da votação retiram o ponto! Quer isto dizer que não conseguiram reuniar antecipadamente os 4 votos necessários. Mais uma intenção a cair por terra.

5-      Ainda pelo meio distribuem comunicados em nome da nova “maioria PS” de 4 elementos! Rondão Almeida chega até a dizer em Santa Eulália que é ele que manda na Câmara pois tem a maioria dos vereadores consigo.

6-      Na passada quinta-feira os vereadores Manuel Valério e Tiago Afonso anunciam ao lado do Sr. Presidente da Câmara que retomarão os pelouros e os tempos na autarquia. Rondão manda então avançar elementos de segunda linha do PS no sentido de se congratularem com a situação. Ridículo! Perante esta congratulação só resta fazer uma coisa, devolver a confiança política a Nuno Mocinha, caso contrário o ridículo será ainda maior.

No meio de tudo isto e neste caso perante as 3 televisões nacionais Rondão Almeida disse algo com que concordo a 100%. Disse o senhor vereador e Presidente da concelhia do PS que havia sido um prepotente nos seus mandatos e que Nuno Mocinha não devia seguir o mesmo caminho. Não podia estar mais de acordo neste ponto, espero exactamente o mesmo de Nuno Mocinha pelo que o questionarei na próxima reunião de Câmara sobre o não agendamento do ponto por mim proposto relativo à abertura ao público de todas as reuniões!

No meio de toda esta crise foi público o convite, por parte do Sr. Presidente da Câmara, para que aceitasse tempo e pelouros no executivo. Recusei os pelouros e o tempo mas aceitei viabilizar o orçamento municipal, para mim esta será e é sem margem para dúvidas o ponto mais importante; a estabilidade de governar com um orçamento próprio e não com um orçamento de duodécimos baseado no do ano passado.

Acontece que as pessoas de sempre puseram a circular uma versão sobre a minha recusa de tempos e pelouros, tão maldosa como mentirosa. Parece que na cabeça de algumas pessoas terei recusado por ganhar mais no parlamento em Lisboa!

Como sempre tenho feito, vou apresentar a verdade dos factos. Como sempre tenho feito esclarecerei os elvenses com factos, inviabilizando os boatos maldosos que pululam em Elvas por obra e graça dos maquiavélicos do costume.

Um vereador a tempo inteiro ganha em termos brutos 2609,67€ acrescidos de 521,91 de despesas de representação. A isto acresce o uso de telemóvel da autarquia e uso de veículo para exercerem as funções. Ou seja, em termos brutos (antes de impostos) somando o vencimento e as despesas de representação um vereador a tempo inteiro ganha 3131,58€, repito que são valores antes de impostos.

Como saberão sou assessor do Grupo Parlamentar do CDS-PP onde ganho um vencimento bruto de 2000€. Acresce que recebo uma média de 210€ por cada reunião de Câmara acrescido de uma senha de presença (que Rondão e Elsa também recebem)) de 68€. Havendo duas reuniões por mês a soma é simples de fazer, 2000€ mais 556€ o que dá 2556€ brutos, ou seja, antes de impostos. Por ano estão previstas 5 reuniões de Assembleia Municipal onde recebo o mesmo que nas reuniões de Câmara, ou seja, mais 1390€ por ano que divididos por 12 meses me dá um acréscimo de 115,83€ por mês. A soma final de vencimento na Assembleia e dos rendimentos na Câmara, mensalmente, é de 2671,83€. Acresce que o meu telemóvel é pago por mim, o carro que uso é meu, o combustível e as portagens são pagos por mim!

Em suma e falando apenas em dinheiro estamos a comparar um rendimento antes de impostos de um vereador a tempo inteiro de 3131,58€ contra o meu rendimento de 2671,83€. Deixo para consulta aos orgãos de informação o meu último recibo de vencimento para que comprovem a veracidade do que digo.

O que me levou a não aceitar pelouros foi muito simples, foi a minha palavra. O que me levou a viabilizar o orçamento foi também muito simples, o meu sentido de responsabilidade!

Não pauto a minha vida por critérios económicos, ao contrário de alguns que não fazem outra coisa que não seja olhar para o seu umbigo e interesses financeiros.

É público que Rondão Almeida nomeou a própria filha para chefe de gabinete, onde auferia de um vencimento igual a 80% do vencimento do Presidente da Câmara. Legal? Sem dúvida. Moralmente aceitável? Não creio.

É também público que Rondão Almeida dizia sempre que podia que trabalhava de graça para a Câmara pois “não o deixavam acumular o seu vencimento de Presidente com a reforma”. Pois saibam que Rondão Almeida optou SEMPRE e repito a palavra sempre, pelo vencimento de Presidente abdicando sim, da reforma.


Mas há mais, saibam os elvenses que Rondão Almeida foi nomeado como vereador a meio-tempo, apesar de dispor de carro, gabinete próprio e luxuoso, telemóvel e todas as mordomias. Não o fez para poupar a Câmara. Fê-lo porque sendo vereador a tempo inteiro teria de optar entre o vencimento e a reforma, estando a meio-tempo acumulou a reforma com o vencimento do meio tempo. Afinal os “Xicos Espertos” de que bem falou Rondão no início do mandato existem mesmo!

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