Se há coisa que prezo na política e nos políticos é a honestidade intelectual, a luta política é a luta política mas a desonestidade nos argumentos, a “truncagem” de factos é do meu ponto de vista de lamentar.
No site do semanário “Linhas de Elvas” encontramos um pequeno excerto daquilo que foi a conferência de imprensa da JS (Juventude do Partido Socialista) em resposta à conferência de imprensa da JP (Juventude do CDS/PP).
“A concelhia de Elvas da Juventude Socialista lamentou hoje a "posição da Juventude Popular" em relação às bolsas de estudo e de mérito.
Relembrando que a JP havia referido que "a Autarquia teve uma postura de ‘intransigência' e ‘intolerância' na atribuição das bolsas de estudo e de mérito", a JS respondeu afirmando que "‘mérito', como o próprio nome indica, visa privilegiar e incentivar a exigência no ensino e, ao mesmo tempo, o rigor do aluno, procurando acabar com o facilitismo".”
Relembrando que a JP havia referido que "a Autarquia teve uma postura de ‘intransigência' e ‘intolerância' na atribuição das bolsas de estudo e de mérito", a JS respondeu afirmando que "‘mérito', como o próprio nome indica, visa privilegiar e incentivar a exigência no ensino e, ao mesmo tempo, o rigor do aluno, procurando acabar com o facilitismo".”
Onde entra então aqui a desonestidade intelectual? No pequeno/grande facto de truncarem aquilo que são as bolsas de mérito com aquilo que são as bolsas a alunos carenciados.
Diz-nos o regulamento para bolsas de alunos carenciados que os alunos que têm a bolsa (que é definida por critérios económicos) devem ter um aproveitamento de 100%!
No limite e gostaria que alguém me desmentisse pode acontecer o seguinte: Um aluno entra para a universidade com 19 anos e por lá fica 10 anos saindo aos 29, entretanto faz um excelente trabalho em que o tema é a “cidade de Elvas”, receberá uma bolsa de mérito!!!
Um aluno carenciado, a quem a Câmara para as propinas como bolsa falha uma cadeira apenas em todo o curso e perde o direito à bolsa.
Situação mais que injusta, situação perversa. A Câmara foi avisada na Assembleia Municipal e ainda assim avançou. Mandou depois os jovens defender o indefensável com argumentos falaciosos e truncados.
Fica-lhes mal.
Mais um caso em que não tenho dúvidas a Câmara será obrigada a recuar sob pressão política do CDS. Querem apostar?
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