Período antes da ordem do dia, 27 de Setembro de 2012
No passado dia 9 deste mês apresentei publicamente a minha
candidatura à Câmara Municipal de Elvas, sendo este um órgão político quero
acreditar que a maioria dos presentes tomou conhecimento do facto pelo que me
escusarei de repetir ao pormenor tudo quanto disse naquele dia.
Quero no entanto deixar aqui algumas das ideias e pontos
chave;
Entendi criar um conselho consultivo inteiramente dedicado à
questão do património mundial, a equipa liderada pelo arquitecto José Kuski e
que conta ainda com as arquitectas Margarida Pais Ribeiro e Cristina Guerra
estará encarregue de trabalhar o programa da minha candidatura nas questões que
envolvem aquela que é a melhor notícia para a nossa cidade nos últimos anos, a
elevação de Elvas a património da humanidade. Fomos o primeiro partido a criar
um órgão consultivo com esta temática e não temos qualquer dúvida de que
seremos seguidos por outros.
Entendi ainda comunicar que a minha vontade seria a de
apresentar um programa com zero obras. Disse no entanto que tal seria muito
difícil ou mesmo impossível pois de certeza que alguma necessidade iria
aparecer. Quis no entanto dar um sinal, um sinal de que os tempos mudaram e que
o tempo do betão já passou, é tempo de pensarmos na nossa geração, na geração
dos nossos filhos e netos e saber que os encargos que temos e teremos serão
gigantescos, a manutenção de tudo o que foi feito nos últimos anos será um
fardo pesado para todos.
Há que manter o que temos em bom estado, acorrer a uma
ou outra necessidade mas sobretudo apoiar dentro das nossas possibilidades as
pessoas e as famílias. Garanti por isso que o apoio social que a Câmara hoje dá
e onde se incorporaram ideias nossas será para manter. O lema é simples e de
fácil compreensão – Emendar o que está mal, melhorar o que está bem. Melhorar o
que está bem porque também disse que devemos ter a humildade de reconhecer que
estando muita coisa mal, muita foi também bem feita, não entraremos por isso na
política do bota abaixo nem da crítica fácil e é esse apelo que quero deixar a
todos aqueles que irão estar envolvidos na corrida autárquica.
Prometi também e mantenho que não colocarei qualquer outdoor
nem na pré-campanha nem na campanha eleitoral, a situação que o país vive
aliada à recente elevação a património da humanidade levou-me a prometer tal,
não quero nem gostaria de ver a minha cidade inundada de cartazes durante 4, 5
ou 6 meses, seria maus para o turismo, seria mau para as finanças públicas.
Disse também e mantenho que as nossas sessões de
esclarecimento serão isso mesmo, sessões de esclarecimento. Quem comparecer aos
nossos eventos irá porque me quer ouvir a mim ou porque quer ouvir os
candidatos da minha equipa, nunca porque irei falar no intervalo de uma
qualquer actuação musical, os nossos comícios serão comícios não serão nem de
perto nem de longe concertos!
Muitos elvenses já sabem e os que não sabem irão saber que é
o erário público quem paga as campanhas políticas. Os elvenses irão saber que o
dinheiro não gasto não fica para os partidos mas é devolvido ao Estado. Estou
convencido que os elvenses não irão perceber que num momento de altíssima
austeridade os partidos políticos em Elvas desbaratem dinheiro público em
outdoors ou em cantores para abrilhantar comícios.
Termino reiterando o apelo: Os tempos são difíceis, as
pessoas estão fartas da política e dos políticos e aqui que ninguém se ponha
fora do saco pois o sentimento é transversal pelo que cada vez menos
compreendem que em vez de ideias na campanha eleitoral se discuta tudo menos o
que interessa ao povo. Elevação, respeito pela democracia e por quem vota é
isso que peço a todos.
Obrigado!
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