Conferência de imprensa CDS-PP Elvas
3 de Abril de 2014
Caríssimos órgãos de comunicação social, em primeiro lugar
cumpre-me agradecer a vossa presença.
O Partido Socialista de Elvas realizou recentemente uma
conferência de imprensa dedicada a 4 temas; Justiça, falando da extinção da
comarca de Elvas ; Educação, falando no amianto na escola EB 2,3 nº 1 de Elvas
; Saúde, falando no Hospital de Santa Luzia e finalmente na situação política.
O CDS de Elvas entendeu então prestar os seguintes
esclarecimentos aos elvenses. Quanto à extinção da comarca de Elvas convém
dizer que ao contrário de muitíssimos outros municípios o nosso tribunal não
fechou. Convém também dizer que a opinião do CDS não muda pelo facto de o nosso
partido estar ou não no governo da nação. Discordamos frontalmente com o fim da
comarca de Elvas e congratula-mo-nos por Elvas continuar a ter o seu Tribunal.
Dizemos isto, repito, mesmo estando o CDS no governo de Portugal. Já o PS gere
as suas posições em função do governo ser ou não socialista, lembro que em
matéria de justiça o PS nada fez e nada disse a nível local quando o seu
governo PS de Sócrates tirou a Elvas o Instituto de Vila Fernando ferindo de
morte uma das nossas freguesias. Onde estava o PS de Elvas nessa altura?
Quanto à educação e ao amianto convém esclarecer o seguinte:
O amianto só é prejudicial quando exposto e em muitos casos a remoção de placas
que contenham amianto é mais prejudicial do que manter. Lembro ainda que o
governo PS de Sócrates mandou fazer um levantamento de edifícios públicos com
amianto, elaborou uma lista de prioridades e a escola de Elvas não constava,
como não conta da lista de prioridades. O governo PSD/CDS intervencionou neste
mandato mais edifícios públicos onde estão incluídas várias escolas (mandato
esse que vai a meio) do que a média de intervenções dos 6 infelizes anos do PS
de Sócrates. O CDS de Elvas lamenta que o PS se dedique a criar alarmismo junto
da população escolar e seus familiares ao invés de informar devidamente sobre o
assunto. Onde estava o PS de Elvas quando o governo PS de Sócrates fechou
escolas em Elvas? Calado, calado como sempre esteve quando o governo era da sua
cor política.
Quanto à saúde e ao Hospital de Santa Luzia, dizemos hoje,
estando no governo aquilo que sempre dissemos quando éramos oposição no país. O
nosso Hospital não deve nem pode perder valências e não deve perder essas
valências para Portalegre! Dissemos, dizemos e diremos sempre isto e estaremos
na linha da frente quando for preciso defender o Hospital de Elvas. Mas falemos
de saúde e de perda de valências, quem retirou a Elvas a sua maternidade? Foi
precisamente o governo PS de Sócrates e na altura o PS de Elvas não ficou de
facto calado, disse em voz própria o Presidente à data, Rondão Almeida, que se
demitiria se a maternidade fechasse. E o que aconteceu? A maternidade fechou e
Rondão não se demitiu, estando inclusivamente ainda hoje no executivo municipal
com um estatuto único no país, o de Vereador-Presidente!
Devo ainda esclarecer que eu próprio enquanto vereador do CDS
no executivo camarário votei SEMPRE favoravelmente todas as moções apresentadas
pela maioria e que questionavam medidas do governo que prejudicam ou podem
prejudicar Elvas. O CDS de Elvas apesar de ter o CDS no governo de Portugal só
veste uma camisola, a camisola da cidade de Elvas e dos elvenses, já o PS não
pode por todo o historial adquirido dizer o mesmo. Toma umas posições (ou nem
sequer as toma) quando o governo é PS e outras distintas quando o governo não é
da sua cor política, o PS de Elvas vestiu e vestirá sempre e apenas a camisola
do PS!
Quanto à análise da situação política começarei por falar
naquilo que já todos se aperceberam, existem em Elvas duas Câmaras e dois
Presidentes e mais cedo que tarde a situação não acabará bem com prejuízo de
todos os elvenses.
Quanto ao meu trabalho enquanto vereador quero dizer que
tenho apresentado pontos em todas as reuniões de Câmara. A vertente social, com
os idosos em lares a terem direito a comparticipação nos medicamentos, passando
pelo ponto de recolha de vestuário e calçado usado. A vertente económica com a
proposta de isenção da primeira hora de parquímetro a quem se desloque ao
centro histórico. Ainda no estacionamento aguardamos que se passe à prática
aquilo que a Câmara se comprometeu por proposta minha, ou seja, a isenção de
pagamento de parques a moradores do centro histórico. A vertente desportiva com
a aprovação por minha proposta de um campo de futebol de praia. A inscrição nas
grandes opções do plano da construção de um parque de leilões de gado em Elvas,
proposta do CDS. Propostas ao nível do trânsito e do controle da praga dos
pombos. Propostas de melhoramentos de arruamentos. Propostas de isenção de IMI
ao abrigo da classificação de património da humanidade. Enfim, enquanto
vereador do CDS, um entre seis socialistas tenho feito aquilo que considero ser
o meu dever. Tenho ainda comparecido a praticamente todas as solicitações de
associações do concelho. Fui, como foi dito no jantar dos funcionários da
Câmara por alturas do Natal, o primeiro vereador da
oposição em 20 anos a estar presente.
Orgulho-me muito do trabalho do CDS na Câmara, Assembleia
Municipal e Juntas de Freguesia e creio estarmos a cumprir com a nossa
obrigação de líderes da oposição em Elvas.
Quem esperava reuniões de Câmara de guerrilha permanente
enganou-se, fiz o meu papel de oposição fora do executivo e continuo a fazer,
mas sei cumprir com o meu mandato de vereador não entrando em guerrilhas
estéreis mas antes colaborando sempre com propostas pela positiva que mais não
visam que melhorar a vida de quem em Elvas reside ou trabalha.
Obrigado.